terça-feira, 29 de agosto de 2017

Como fazer Avaliação Diagnóstica



Como fazer Avaliação Diagnóstica
 Como fazer Avaliação Diagnóstica
 http://www.sosprofessor.com.br/blog/como-fazer-avaliacao-diagnostica/
Início do ano, turma nova, Escola nova, enfim, como começar o trabalho com os alunos?
Nem pense em iniciar o trabalho pedagógico partindo da premissa do que você ACHA que os alunos já sabem. É preciso investigar, avaliar, levantar o que de fato a turma já sabe e o que ainda ela não sabe.
O instrumento para fazer isso é realizar a Avaliação Diagnóstica, que tem o objetivo de verificar a presença e a ausência dos pré-requisitos de aprendizagem adquiridos, ou não, na série anterior.
Não há um modelo de Avaliação Diagnóstica, cada Professor, conforme sua disciplina e os pré-requisitos que precisam ser trazidos da série anterior, é quem elabora atividades que levantem o que o aluno sabe e o que ele ainda não aprendeu.
1) Quando e porquê realizar a Avaliação diagnóstica:
.    Realizada no início do curso, período letivo ou unidade de ensino
.    Tem a intenção de constatar se os alunos apresentam ou não domínio dos pré-requisitos necessários (conhecimentos e habilidades) para novas aprendizagens, caracterização de eventuais problemas de aprendizagem e suas possíveis causas (cognitivo)
.    Função: diagnosticar
.    Serve para identificar alunos apáticos, distraídos, desmotivados (comportamentos)
De posse dos resultados da avaliação diagnóstica será possível o Professor ajudar os alunos das seguintes formas:
.    Estimular o relacionamento entre os alunos, através de jogos e atividades dinâmicas
.    Criar intervenções pedagógicas específicas que auxiliem o aluno a superar dificuldades
.    Criar Rotinas  que reforcem o comportamento positivo dos alunos
.    Realizar mudanças no ambiente da sala de aula que favoreça o aprendizado
.   Adotar novas práticas de ensino que estimulem a participação da turma
2) O QUE AVALIAR: Levantar Pré-Requisitos da série anterior
Muitos Professores sempre mandam email pedindo modelos prontos de avaliação diagnóstica. Creio que isso deve-se ao fato de que, para o Professor, não há a clareza do que ele deve levantar neste tipo de avaliação.
Quando você conhece o que deve diagnosticar, basta você criar atividades pertinentes a sua disciplina, e isso é algo que você já está acostumado a fazer quando elabora as tarefas, as provas, as dinâmicas, os textos, os vídeos, enfim, quando você elabora a sua aula.
Você precisa ter claro que deve verificar os objetivos e metas a serem atingidos na série atual, e levantar quais são os pré-requisitos que o aluno já deve ter adquirido na série anterior.
Por motivos óbvios, não é possível fazer neste artigo, um detalhamento de todos os pré-requisitos para todas as disciplinas e séries, porém a título de ilustração, tomarei como exemplo um aluno que ingressa no 6º. Ano, e que o Professor de Matemática precisa levantar se este aluno traz os pré-requisitos necessários para cursar o 6º. Ano e atingir os objetivos estabelecidos para esta série.
– Situação :  O  Aluno está matriculado no 6º. Ano (verificar quais são os objetivos desta série no que refere-se  à   Matemática).
– Levantar quais são os pré-requisitos que esse aluno deve ter , em Matemática, ao chegar no 6º. Ano
– Exemplos de pré-requisitos que o aluno já deve trazer do 5º. Ano em Matemática:
. Operações Fundamentais
– adição, subtração, multiplicação e divisão
– algoritmos das operações fundamentais
– utilização das operações fundamentais como ferramenta para a resolução de  problematizações
– cálculo mental
. Frações
– conceito e representações
– leitura e escrita
– comparação de frações
– frações discretas e contínuas
– cálculo de fração de quantidade
– frações equivalentes
– simplificação
– operações com frações
– resolução de problemas envolvendo frações
. Porcentagem e Gráficos:
– conceito de porcentagem a partir das frações decimais
– cálculo de porcentagem através de frações equivalentes
– resolução de problemas envolvendo cálculos de porcentagem
– desenvolvimento de procedimentos e estratégias para coleta de dados e informações em pesquisa de diversas naturezas
– construção de procedimentos de apresentação de dados coletados
– construção, leitura e interpretação de diferentes tipos de representações gráficas (barra, linha, setores)
. Geometria: Medidas, Formas e Construções Geométricas
– conceitos: ponto, linha, superfície, vértice, aresta, ângulo
– linguagem geométrica
– polígonos
– triângulos e quadrilátero
– propriedades dos triângulos
– conceitos: escalas e simetria
– construções geométricas com o auxílio do compasso e do transferidor
– ampliação e redução de figuras
– sólidos geométricos
3) Como Avaliar: Instrumentos de avaliação
Existem diversos recursos  e práticas de ensino disponíveis que podem ser utilizados no momento da avaliação diagnóstica. Idealmente, selecione mais de um dos instrumentos abaixo :
.      Pré-teste;
.      Auto-avaliação;
.      Observação;
.      Relatório;
.      Prova;
.      Questionário;
.      Acompanhamento;
.     Discussão em grupo;
.     Estudos de caso (análise de estudos de casos com o objetivo de identificar como o aluno  responde à avaliação);
.     Fichas de avaliação de problemas (trabalhar com modelos de fichas de avaliação), etc.
A utilização dos instrumentos deve ser adequada ao contexto em que o professor se encontra. Por exemplo, aulas com muitos alunos inviabilizam a avaliação por observação ou  acompanhamento, enquanto que disciplinas práticas possibilitam esses instrumentos de avaliação.
Não se surpreenda se, ao analisar os resultados levantados na Avaliação Diagnóstica você tenha de fazer ajustes no Planejamento. Afinal, quando o Planejamento é criado, o aluno ainda não foi avaliado, e portanto, o Planejamento é elaborado com base em um aluno “ideal”, e portanto, é um Planejamento longe da realidade dos alunos, pois o Professor o elabora baseado em  suposições e não em dados reais.
O fato é que, quando as aulas começam a situação mostra-se outra: alunos  com defasagens de aprendizado, com dificuldades em determinados conteúdos, e sem os pré-requisitos necessários para cursar aquela série.
E antes que você reclame que realizar a Avaliação Diagnóstica é uma “perda” de tempo porque você tem que “dar conta” do Planejamento até o final do ano, já lhe aviso: o objetivo maior que você deve cumprir é  criar todas as condições para que todos os alunos adquiram as competências necessárias de aprendizado e não apenas para cumprir o Planejamento.
Por isso mãos à obra: comece o planejamento pela Avaliação Diagnóstica. Já diz o ditado “ Se você falha em não planejar, você com certeza, já planeja falhar”.
Aguardo seus comentários no blog.

tESTE DAS QUATRO PALAVRAS E UMA FRASE

Exemplo de teste das quatro palavras e uma frase


Apontador, caneta, lápis, giz

Cutuvelo, cabeça, boca, mão
Joaninha, girafa, pato, rã

O teste (sondagem) das quatro palavras:
1. Escolha 4 palavras de mesmo grupo semântico ex.: brinquedos, corpo humano, animais...
2. Organize em ordem decrescente de sílabas: quatro, três, duas e uma sílaba.
3. Elabore uma frase simples (para não complicar a criança) com uma das palavras escolhidas
4. Chame a criança uma por uma e afaste tudo que ela possa ver que tenha letras, e deixe que ela escreva o nome somente ao final do teste, principalmente nos pré silabicos para que eles não repitam somente as letras do nome.
5. Dite sem induzir ao som por exemplo: escreva e-le-fan-te
6. Simplesmente diga escreva a palavra elefante
7. Se a criança perguntar a palavra dite da mesma forma.
8. Tenha calma e procure manter a criança como se ela estivesse fazendo uma tarefa qualquer
9. Quando ela terminar de escrever peça para que leia a palavra indicado com o dedo ou subilhando a forma como está lendo.
10. Assim que a criança entregar o teste faça suas anotações no próprio teste assinalando como e onde foi verificado cada atitude da criança, isto facilita o Diagnóstico

Fazer o teste com ou sem figura?
O teste é sem figura é um ditado individual, é que com tem criança quando for dito leia o que você escreveu a criança tende a olhar o desenho e dizer, sem uma leitura ou esforço de lembrar as palavras.
A vantagem de fazer o teste com figura é que se torna mais rápido, o aplicador não precisa ficar repetindo evitando de induzir o ditado e o aluno poderá pintar depois o que deixa o deixa mais seguro por que pode manusear a atividade.

LIVRINHO DE DIVISÃO - 96 CONTINHAS

LIVRINHO DE DIVISÃO - 96 CONTINHAS

              SÓ TEM UM JEITO DE  APRENDER DIVISÃO:
DIVIDINDO MUUUUUUUUITO!

PROFESSORES, ELABOREI ESTE LIVRINHO DE DIVISÃO PARA QUE OS ALUNOS PRATIQUEM E NÃO ERREM MAIS!

PARA CASA OU PARA CLASSE,
VOCÊ DECIDE!




DIAGNÓSTICO DE LEITURA E ESCRITA

DIAGNÓSTICO DE LEITURA E ESCRITA

ELABOREI ESSAS ATIVIDADES PARA OS ALUNOS DO 2º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL, TENDO COMO  OBJETIVO PRINCIPAL,  DIAGNOSTICAR A HABILIDADE DE LER E LOCALIZAR INFORMAÇÕES EXPLÍCITAS EM PEQUENOS  TEXTOS, TENDO EM VISTA QUE ESSA É UMA DAS PRIMEIRAS HABILIDADES QUE O ALUNO DEVE POSSUIR. 


QUANTO A PRODUÇÃO DE TEXTO, PROCUREI CRIAR VÁRIAS SITUAÇÕES DE ESCRITA PARA QUE O ALUNO TENHA A OPORTUNIDADE DE DEIXAR BEM CLARO O DOMÍNIO QUE POSSUI A RESPEITO DA ESCRITA.


AO ENTREGAR A ATIVIDADE PARA OS ALUNOS, O PROF. NÃO DEVERÁ LER O TEXTO E NEM AS QUESTÕES, CASO CONTRÁRIO, HAVERÁ PREJUÍZO  NO DIAGNÓSTICO.


SEGUE UMA PLANILHA CONTENDO AS HABILIDADES QUE CONTEMPLAM ESSE DIAGNÓSTICO PARA QUE O PROF. POSSA TER O REGISTRO DA SITUAÇÃO GERAL DA SALA. 


BOM TRABALHO!!!! 



Qual é o preparo necessário para incluir um estudante com deficiência?

Qual é o preparo necessário para incluir um estudante com deficiência?

 

Apesar do consenso de que a participação das pessoas com deficiência é um direito inquestionável, muitos professores e gestores escolares ainda resistem, declarando-se despreparados para concretizá-la. Até mesmo educadores que se dizem favoráveis à inclusão de pessoas com deficiência admitem exceções, alegando não terem o “preparo necessário”.

Já em 1994, a Declaração de Salamanca Site externo enfatizava de forma quase redundante que “educação para todos efetivamente significa para todos”. Requisitos, restrições e exceções são inerentes à lógica da integração. Na inclusão, todos têm direito à educação. E “todos” significa todos. Simples assim. E não se trata só de acesso. A Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Site externo, ratificada no Brasil com equivalência de emenda constitucional em 2008, garante participação efetiva, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, para o pleno desenvolvimento do potencial do educando.
Mas tal garantia não indica que a escola saberá, de antemão, como fazer isso. Até porque isso nem seria possível. Durante muito tempo, acreditava-se que era possível generalizar pessoas e, assim, padronizar estratégias terapêuticas e pedagógicas a partir de um mesmo quadro diagnóstico. Atualmente, já sabemos, por experiência, que essa noção é no mínimo simplista. Ainda que apresentem pareceres diagnósticos absolutamente iguais, duas pessoas podem reagir às mesmas intervenções de maneiras (bem) diferentes. Ou seja, a ideia do preparo prévio nada mais é que um mito.
Não há “receitas prontas” nesse sentido. O ativo é a presença. Ou seja, a escola não tem mesmo como saber, antecipadamente, como proceder com uma criança ou adolescente com base em seu diagnóstico. E isso não se aplica somente a pessoas com alguma deficiência, já que a diferença é própria da condição humana. O processo de aprendizagem de cada estudante é singular.

O mito do preparo

A ideia de que a escola precisa, antes, estar pronta, para depois receber os alunos com deficiência é baseada em uma expectativa ilusória de um saber pronto capaz de prescrever como trabalhar com cada criança. Vygotsky enfatiza que a condição humana não é dada pela natureza, mas construída ao longo de um processo histórico-cultural, pautado nas interações sociais realizadas entre o homem e o meio. Ou seja, o preparo do professor no contexto da educação inclusiva é o resultado da vivência e da interação cotidiana com cada um dos educandos, com e sem deficiência, a partir de uma prática pedagógica dinâmica que reconhece e valoriza as diferenças. Não há especialização capaz de antever o que somente no dia a dia poderá ser revelado.
Além disso, a insegurança expressa no argumento da falta de preparo revela, muitas vezes, a fragilidade da escola em lidar com a diferença. Por trás do discurso aparentemente “responsável” de que as escolas não estão prontas para receber determinados alunos por serem incapazes de suprir suas necessidades, de lidar com as suas dificuldades e de oferecer recursos ou pessoal adequados, está, muitas vezes, a noção de que alguns estudantes não são ou não estão aptos a frequentá-las devido a suas condições, o que remete à lógica da integração.

Como incluir um aluno que desafia a escola?

A educação inclusiva é um processo contínuo e dinâmico, que implica a participação de todos os envolvidos, inclusive do próprio educando. Por isso, é importante, antes de qualquer coisa, garantir sua presença na escola. Para que a equipe pedagógica possa conhecê-lo bem e assim buscar identificar meios de garantir sua inclusão efetiva.
Em uma das respostas à pergunta “Como fazer adaptações curriculares para alunos com deficiência intelectual?”, do fórum da Comunidade DIVERSA, a assessora em Educação Inclusiva Marília Costa Dias enfatiza a importância de isso acontecer de modo colaborativo. Todos os envolvidos, inclusive a família, precisam participar desse processo investigativo. Marília aponta também a importância de “oferecer apoios aos estudantes que precisam de algum tipo de ajuda para realizar as propostas” a fim de garantir o “direito à igualdade de oportunidades”, reiterando que “é preciso conhecer muito bem os alunos para saber qual é o apoio que necessitam”. A propósito, a Convenção da ONU, já mencionada, garante medidas de apoio para pessoas com deficiência, no âmbito do sistema educacional geral, objetivando sua “inclusão plena”. A principal medida de apoio é o atendimento educacional especializado (AEE).
Uma escola inclusiva é uma escola que inclui a todos, sem discriminação, e a cada um, com suas diferenças. Perseguindo a aprendizagem de forma ampla e colaborativa, oferecendo oportunidades iguais para todos e estratégias diferentes para cada um, de modo que todos possam desenvolver seu potencial.

Raquel Paganelli é mestre em educação inclusiva pelo Instituto de Educação da University College of London, atua nas áreas de consultoria e formação de professores e faz parte da equipe DIVERSA.
© Instituto Rodrigo Mendes. Licença Creative Commons BY-NC-ND 2.5 Site externo. A cópia, distribuição e transmissão dessa obra são livres, sob as seguintes condições: Você deve creditar a obra como de autoria de Raquel Paganelli e licenciada pelo Instituto Rodrigo Mendes Site externo e DIVERSA.

5 princípios para a hora de pensar numa sondagem na alfabetização

Blog de Alfabetização
foto Mara Mansani
Mara Mansani

5 princípios para a hora de pensar numa sondagem na alfabetização

Sondagem é a atividade de diagnóstico das hipóteses de escrita de cada aluno de uma turma de alfabetização e é usada para avaliar a evolução do processo de aprendizagem. Consiste em uma produção espontânea de uma lista de palavras, sem apoio de qualquer fonte e nem intervenção do professor, e pode ser seguida ou não pela produção escrita de alguma frase.

Acha difícil fazer isso? Nunca fez e nem sabe como? Faz sempre, mas tem dúvidas? Organizei um passo a passo de como faço essa atividade e elenquei dicas que, a meu ver, fazem a diferença! Vamos lá.

1) Para começar, me preocupo em criar um ambiente agradável para desenvolver a sondagem, orientando a proposta com calma e naturalidade. Crio também um contexto para o ditado. Se as palavras escolhidas são ingredientes para um lanche, por exemplo, digo: “A professora Lúcia vai fazer um piquenique com os alunos. Vamos escrever a lista dos ingredientes que eles precisam comprar para preparar os lanches”.

2) Não deixo de colocar palavras que julgo difíceis para as crianças escreverem porque os desafios colaboram com a reflexão sobre o sistema de escrita. Se a turma é de alfabetização inicial, não escolho palavras que tenham vogais repetidas nas sílabas, como em batata. Isso porque, por exemplo, se o aluno estiver na fase silábica com valor sonoro, pode ser que se utilize somente de vogais para escrever e não vai aceitar uma palavra que pode ser escrita assim: AAA.

3) Na sondagem, o ideal é que os alunos escrevam da melhor maneira possível e sem interferências, para que saibamos realmente em que fase estão e  o que pensam sobre as escritas. Em outros momentos, claro que não deixo de fazer as intervenções necessárias para a escrita correta das palavras.

4) Nas turmas de alfabetização inicial, faço o ditado para um aluno por vez, ou, no máximo, para três alunos. Ao acompanhá-los de perto, posso fazer perguntas e entender o motivo de suas escolhas na escrita. Não perco informações importantes sobre como pensam a construção da escrita e ainda faço anotações que vão ser úteis no processo de avaliação durante o ano. Se na turma houver alunos na fase silábica alfabética ou alfabética, dito para um número maior de alunos, pois esses escrevem com um pouco mais de autonomia.

5) Quando são muitos alunos na turma, peço o auxílio de outro professor ou do coordenador pedagógico de minha escola para realizar a sondagem. Afinal, faço parte de uma equipe escolar.

Estes são os princípios que sigo para pensar na sondagem. Se você quiser ver um  diagnóstico que planejei, preparei um documento com três etapas para inspirá-lo. Ele está abaixo e também disponível para download neste link.

1° passoEscolho cinco palavras de um mesmo campo semântico (mesma área de conhecimento ou assunto), e faço um ditado seguindo essa ordem: primeiro uma polissílaba, depois uma trissílaba, uma dissílaba e uma monossílaba. Por exemplo: se o tema são materiais escolares, sugiro que escrevam apontador, cadernos, régua, giz. Depois das palavras, dito uma frase utilizando uma dessas palavras, como: “Eu vou cuidar de meus cadernos com capricho”.



Distribuo metade de uma folha de sulfite aos alunos, cortada no sentido horizontal, sem desenhos, pauta nem texto. Peço que escrevam as palavras que vou ditar, uma abaixo da outra, como em uma lista.

Não marco a divisão de sílabas das palavras ao ditar, como A-PON-TA-DOR. Isso pode mascarar resultados e, consequentemente, minha análise, pois pode indicar que o aluno se encontra em uma hipótese que ainda não está – como a hipótese silábica, por exemplo. Também não corrijo palavras.

No processo de alfabetização, os alunos  pensam quais e quantas letras são necessárias para escrever as palavras, então é preciso que suas escritas sejam com letras de forma maiúsculas, pois os caracteres são isolados e o traçado é mais fácil e simples do que a letra cursiva.

Ao final, peço que escrevam também o nome completo e que coloquem a data. Se não estiver legível, anoto o nome e a data no verso.

2° passoEnquanto dito as palavras para os alunos, observo de que maneira eles optaram por escrever cada uma. Se possível, anoto logo em seguida, alguma descoberta feita ou dúvida surgida dos alunos ou minha. Essas anotações enriquecem esse processo de diagnóstico, de avaliação da aprendizagem e me guiam para os próximos caminhos a percorrer.

3° passoAnaliso os resultados encontrados com a minha coordenadora pedagógica. Se preciso ou tenho dúvidas, utilizo a tabela de mapeamento das hipóteses dos alunos sobre o sistema de escrita, já publicada aqui por NOVA ESCOLA. Nela encontro também as características de cada hipótese. Em seguida, organizo as sondagens feitas em forma de portfólio. Esse suporte dá uma visão única e global de cada aluno. Além de guiar meu trabalho com os alunos, esta análise vai ser referência para a organização dos agrupamentos produtivos dos alunos e irá facilitar meu trabalho em sala de aula.

Me conte nos comentários como você tem planejado seus diagnósticos.

Obrigada e até mais!
Mara Mansani

 


DISLEXIA



A Dislexia do desenvolvimento é considerada um transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração. Essas dificuldades normalmente resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à idade e outras habilidades cognitivas. (Definição adotada pela IDA – International Dyslexia Association, em 2002.
Essa também é a definição usada pelo National Institute of Child Health and Human Development – NICHD).

 Possíveis Sinais

Alguns sinais na Pré-escola
  • Dispersão;
  • Fraco desenvolvimento da atenção;
  • Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem
  • Dificuldade de aprender rimas e canções;
  • Fraco desenvolvimento da coordenação motora;
  • Dificuldade com quebra-cabeças;
  • Falta de interesse por livros impressos.
 
Alguns sinais na Idade Escolar
  • Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita;
  • Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
  • Desatenção e dispersão;
  • Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
  • Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.);
  • Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences;
  • Confusão para nomear entre esquerda e direita;
  • Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas etc.;
  • Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas;
Próximo passo: diagnóstico
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